segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Especial Gregor Mencken

Amor primeiro

Quem vos amou tão triste e tão primeiro
Que o mal de amar o fez tão raro e triste
Triste porque partiu, porque partiste
Em ser primeiro e triste sou parceiro.

De um par tão triste que se fez primeiro
Névoa do alvorecer que não existe
Vejo que estou tão só, quanto me viste
E te amei sem querer - tão derradeiro.

Derradeiro (perdão) por ser primeiro
Relembrando outra vez que fui parceiro
Do que em nós transformou-se na memória:

Amor de armas em riste, e triste história
Entre a glória de ser o amor primeiro
Ter o demônio de ser o derradeiro.

Gregor Mencken e Pedro Geraldo Escosteguy.


Alva lua

A alva lua
brilha nos campos.
Espio sua luz,
e lembro em sonhos
daquela que surge calada.

Oh! bem-amada!

Reflete-se na grama,
e perfila-se imprecisa
Ao vento que assobia!

É hora, o mocho pia...

Assim como desce
a calma infinita
do pensamento
que a lua frisa.

Não lamentemos:
É a hora precisa.

Gregor Mencken.


Time to go

O som das estrelas e da lua
Brilhando em tua noite, por janelas
Com o impacto insano de tua
Versão de cores tão amarelas.

O pundonor da alvorada nua
Como a serena pele da amada,
Fere, de mansinho, todas trevas
E vem, já sem pássaros, calado!

A doce lembrança, que é só tua
Estaca. E pousará seus lábios
No orvalho, com tremores sábios...

Uma alma ferida, ao pé da estrada,
Coração pulsando pela vida
Time to go. Hora da partida.

Gregor Mencken.

Nenhum comentário: