sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sobre o Teu Corpo e Duvidei (2008)


SOBRE O TEU CORPO E DUVIDEI, peça curta para teatro
texto: Ruy Jobim Neto direção: Ricardo Corrêa Elenco: Vanessa Morelli e Débora Aoni
Gênero: drama

Estou extremamente feliz de estar nas mãos do meu amigo Ricardo que não é somente um excelente diretor, mas um ótimo ator e encenador. Fazer mais um trabalho com Débora Aoni que sabe atuar é delicioso (Já tínhamos feito outras coisas juntas, entretanto é a primeira vez que trabalharemos somente nós duas no mesmo palco). Quanto ao Ruy, meu amigo, mais um texto seu que vamos montar... O ensaio começou ontem, nesta quinta-feira, dia 25 de setembro, das 14h30 às 17h30. Temos mais quatro dias para ensaiar e gravar porque pretendemos fazer esta apresentação em Sorocaba. E é isso... logo mais, em algum lugar... Simone e Luísa, mulheres que um dia se amaram (e talvez ainda se amem) de volta pra resolver o que ficou pendente, um encontro que é necessário para ambas (ou não)...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Brisada matutina

Pra quem deseja fazer uma oficina de teatro com o intuito de se aprimorar ou ver qual que é, abriram as inscrições para "Introdução ao método do ator" e também os interessados em trabalhar a linguagem dramatúrgica no "Círculo de Dramaturgia". Mais informações no site do Sesc, CPT:

http://www.sescsp.org.br/cpt/index.cfm

Outra notícia quentinha diretamente da Campanha do Caldo de Picanha Knorr: Alexandre Rabello, Danilo Macedo, Vanessa Morelli e Walmir Santana fazem parte da família que não sai da mesa por nada neste mundo. Os atores e os produtos da Knorr estão em exibição nos metrôs e shoppings mais próximos de você. Unilever + CF Comunicação + ML Promoções.


Mais notícias em breve... kisses.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

1º Festival 'Revelando novos Atores brasileiros'

Estão abertas as inscrições para o 1º festival "Revelando novos atores brasileiros". É esperada, de acordo com a organização, a participação de atores de mais de 3000 cidades Brasileiras.

O Festival recebe as inscrições dos artistas, que começaram no dia 30 de Junho e vão até 31 de Novembro. Podem ser inscritos atores de qualquer região do país. Para concorrer o participante deve enviar um monólogo em DVD. A duração, segundo o regulamento, é para os vídeos demínimo 30 segundos e máximo de 1 minuto.

Para se inscrever, acesse o site: http://www.festivaiscinematograficos.com/. No endereço o usuário encontra informações das regras e o formulário para participação.

Os selecionados serão apresentados no dia 9 de dezembro, em São Paulo.

Mais informações - Assessoria de Imprensa do Festival Carla Manga - E-mail: revelandonovosatores@agenciacinema.com

segunda-feira, 12 de maio de 2008

SENHORA DOS AFOGADOS

Em cartaz no Sesc Anchieta (Consolação), com direção de Antunes Filho.


Ontem (11/05), depois de comemorar o dia das mães, encontrei-me com o dramaturgo Ruy Jobim Neto, a produtora Ana Jardim e a dramaturga Adelia Carvalho, e tive a oportunidade de estar em ótima companhia e de ver uma (ou "A") peça que me encantou. Primeiro porque não é um texto fácil, pelo contrário, há diversas e muitas compreensões, intenções, metáforas, enfim... o texto é brilhante, excelente, visceral em palavras, sátiro, pulsante, gritante, agudo e grave, contextualizado. Texto esse que o Moisés Miastkwosky montou com o Grupo Art In Cena em final de 2006 e que eu fazia parte do elenco (tinha gente!!). Segundo, a direção é encantadora, fascina, aguça os olhos, os ouvidos, mexe com os sentidos. Terceiro, pra finalizar, os atores dão conta do recado. Tô falando de "Senhora dos Afogados", texto esse de Nelson Rodrigues (é arriscado/desafiador), e que teve sua estréia na década de quarenta, e que depois de muito tempo resolveu ser montado por Moisés Miastkwosky, outros diretores e Antunes Filho.
Quem ainda não teve a oportunidade de ler esse texto, leia! Assistir a essa peça mítica de Nelson Rodrigues - na minha opinião, é sua melhor peça - é um prazer, transcende a dramaturgia terrena.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Fora e dentro DO CLAUSTRO

Do Claustro teve sua temporada no Espaço dos Satyros, ficaram até março deste ano em cartaz em São Paulo e foi neste período que vi a peça e escrevi uma resenha da qual foi entregue ao Site Bigorna para aprovação e posterior publicação de Humberto Yashima - responsável pelo site cultural. O fato é que de distante, passei a fazer parte quando recebi em 25 de março o convite do dramaturgo-produtor Ruy Jobim Neto para fazer assistência de produção nos dias 26, 27, 28, 29 e 30 de março para o Festival de Curitiba 2008 - Fringe, e eu topei. As apresentações para o Fringe aconteceram nos dias 27, 28 e 29. De produção à assistente de direção, agora estou com a Cia. Mestremundo de Histórias em temporada no Rio de Janeiro, Botafogo, na Sede da Cia. de Teatro Contemporâneo.
Segue abaixo nota do Jornalista Fábio Gomes, responsável pelo Site Brasileirinho:
Rio de Janeiro (RJ)
DO CLAUSTRO - Texto: Ruy Jobim Neto. Direção: Eduardo Sofiati. Com Débora Aoni e Carolina Mesquita. Em plena Salvador de 1692- época do grande poeta barroco Gregório de Matos, uma moça apaixonada por um poeta-advogado que está preso e ameaçado de seguir degredado para a África entra para o Convento de Santa Clara do Desterro e se torna Irmã Mariana, freira clarissa enclausurada. Ela confessa tudo o que se passou em sua vida pregressa a irmã Cecília, do mesmo claustro, e que passa a sentir avassaladora atração por irmã Mariana. Um drama de amores conventuais, Inquisição e sexualidade no Brasil Colônia. Uma investigação cênica sobre a condição da mulher brasileira nos primórdios de nossa História. Teatro 2 da Cia. de Teatro Contemporâneo (Rua Conde de Irajá, 253, Botafogo - Reservas: 21-2537-5204), até 27/4. Sábados, 21h; domingos, 20h. (60min)(16 anos) Leia resenha de Vanessa Morelli sobre a peça. Veja foto da peça.

segunda-feira, 10 de março de 2008

domingo, 2 de março de 2008

Contradição

Uma vontade de conhecer a si mesma nasceu espontaneamente e, assim que esse desejo se realizara, acreditou-se que era possível a inserção de si própria na sociedade. O mais lúdico eram seus pensamentos porque de tão próprios e cheios de vida, mal combinavam com os fluxos sociais. Era como se estivesse anexa a um mundo exterior, uma partezinha de lua, de marte ou outro planeta ainda mais distante, nunca uma estrela, jamais um sol - não tinha o poder de aquecer-se sozinha.

A missão a qual estava destinada nem bem conhecia. Se houvesse algum tipo de compromisso com uma causa, da mesma forma passava despercebido. Questionava o tempo todo conceitos, critérios, jeitos, olhares, atitudes, palavras, mas de tanto perceber os outros esquecia-se de si mesma e era necessário voltar para o embrião interno - em que terra nasceu? Quais foram seus nutrientes?

Sua inteligência era desbaratinada, confusa, desmedida, desintegrada, procurando sempre ser amassiada. Inteligência bruta, vulcânica, furiosa, intuitiva - quase que quase sempre.

Essa mesma mulher, com consciência exclusiva, sentia uma forte presença masculina no seu âmago - o seu forte era a falta. Em seus dias solitários ou repletos de figurantes, a mensagem que ouvia era repetidamente a mesma: um toque de telefone não atendido, uma linguagem arcaica e fora de uso ou um fio que nunca alcançava como se fosse possível pegar a isca, mas quanto mais próxima, maior a distância.

19 horas da noite. Saída do casulo. Ruas perigosas, monstros com nomes de gente, semáforos a cada 300 metros ou um pouco mais, uma música que não se ouve e o silêncio que não é silêncio. Chegada ao local. Todos já posicionados com suas máscaras esboçando sorrisos periódicos e falando geralmente sobre futilidades não denunciadoras. Sabe-se que a exposição é a medida do ataque e que sempre é melhor se passar de burro do que esperto demais - esse é apenas um parênteses comunicativo sem o sinal equivalente. Gostava de algumas pessoas, não de todas.

O mais é a continuidade do mesmo fluxo. Rompido o silêncio, ouve-se um som emitido por um aparelho normalmente utilizado para receber chamadas, esse mesmo que surpreende com notícias de todos os tipos e conteúdos. A voz do outro lado fazia essa mulher sorrir verdadeiramente, transmitia ondas de paz e embriaguez promovida pela química dos sons. Levantou-se - ativamente - despediu-se rapidamente.

Foi dirigida para a rua que essa voz havia mencionado. Descendo do carro, lembrou-se de pegar sua máscara e a colocou em sua bolsa, usada assim que ele abriu a porta com o mesmo sorriso ingênuo ao qual ela pronunciara ao toque de seu telefone.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Psicologismo do tempo

Quanto mistério existe em uma vida! - pensa Clarice, moça educada, de família tradicional, embora não tenha significado algum o termo tradicional neste ano de 2008. Está sentada em frente a um jardim com design psicodélico e não-convencional. A visão que se sobressai são das plantas belíssimas mergulhadas em água limpa, da família Nymphaeales - poderia falar mais se entendesse a biologia das plantas.

Renunciar ao sonho de uma profissão digna? Jamais! - resmunga, segurando um livro que está entre suas mãos - Quantas lutas a humanidade não travou pelas crenças de um mundo melhor? Foram necessárias mulheres de diversas nacionalidades lutar por um ideal, tentando assim espaço semelhante ao dos homens. E o que diria Martin Luther King se visse que seu sonho de liberdade e igualdade não passou de um discurso feito em 1963? Adiantaria a fé e contribuições de Timothy Leary na ciência do cérebro? Sim, porque ser o Guru do LSD nos anos 60 não deveria ser uma atividade muito fácil. Ter uma cabeça retirada de seu corpo e congelada deve ter sido um ato extremista para a posteridade, talvez seja isso. Apesar de sua visão sempre estar no futuro e fascinado com a tecnologia que nos torna hoje seres comandados, deixou suas marcas impressas em diversos livros. Sou suspeita, gosto do Martin e do Timothy.

As páginas desse livro esboçam uma arrogância sem igual! Quem quer saber de passado? - levanta-se e lentamente segue para o jardim, passo-a-passo, bem calmamente.

Queria saber o que se passa na mente de um escritor que decide compartilhar com a humanidade uma mente tão abstrata. Creio que a vaidade deve ter sustentado egos por aí na absoluta certeza de que foram importantes. Ora só, todos precisam se sentir úteis, não é mesmo? Admiro a força de Jorge Luis Borges que mesmo cego não esmoreceu. Um grande ser humano! E Ludwig van Beethoven que mesmo quase surdo continuou compondo tantos sons. Sou fã incondicional de quem consegue mesmo diante de tanto revés se superar.

Atordoa-me tantas coisas, infinitos infortúnios que temos de suportar com classe. Quem assume de peito estufado e orgulhoso ter um doido em sua família perfeita e sem desvios morais? Todos devem ter um louco na família, até Marilyn Monroe! Fico imaginando como deve ser traumático para somente alguns. O fato é que pra Marilyn o sucesso veio rápido e não deu pra ficar ruminando muito tempo em suas origens. Está certo: o tempo é relativo, dizia Einstein.

Clarice continua vagando pelo vasto jardim e seus pensamentos fluem perdidos sem ter onde e em quem soar. Distante da casa, percebe uma cor predominante naqueles seres humanos, todos estão vestidos de branco. O que pensa Clarice sobre o mundo importará a alguém? É só mais uma na Cidade dos Loucos.

Link: Um novo tempo

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Mascarado

Alto, de olhos escuros, a pele macia e cor média, singular. Membros tensos, olhar nervoso, pensamento distante e mão meio-termo. Passos largos, tremidos, quase audaciosos, meio estilo. Sedutor, convencido, aromático, vazio, destemperado, meio surdo. De goles profundos, gostos excêntricos, carteira gastona e meio ranzinza. Um pouco lento e rápido, um pouco falsificado, sem quase mãe, sem quase pai, meio desafortunado. Elementar, caríssimo, elementar...

Classe e Ordem

Definitivamente descobri que não sou gente. O espírito meditativo me disse que é melhor adquirir consciência extra-social ou então fechar os olhos e fazer uma síntese do ser ou não ser shakesperiano. Eis então que me defino como não humana. Melhor contar a história:

Estava perambulando por uma dessas ruas estreitas de São Paulo - local de trânsito, inconsciência, mortes, sequestros, fome e cheio de vitrines chiquérrimas. Dar-se a isso nome de rotina de uma metrópole. Continuando meu trajeto não muito definido, ouço uma voz vindo em minha direção:

- E aí, gata?

Bem sensato de minha parte fingir problemas auditivos, fato ignorado posto que não me categorizava entre os quadrúpedes. Entretanto, logo mais, singelas palavras chegaram aos meus ouvidos numa vibração aguda:

- Delícia!

- Gostosa!

Quase me sentindo uma margarina, perguntei à minha pessoa se pertencia de alguma maneira a um tipo de prateleira de refrigerador, a classe dos produtos comestíveis. Devo ter negado minha ligeira essência ou semelhança posto que me sentia ainda parte da humanidade entitulada de Homo Sapiens. Sendo assim, esqueci o ocorrido.

Distraída com a correria (e não era São Silvestre), simplesmente haviam levado minha bolsa, continuo a caminhada e alguns passos adiante, o mesmo senhor de outrora me denomina apetitosa. Recebe de minha parte um balde de água fria, afinal já era tempo. Replica me chamando de vaca. Eu, já irritada pela crise existencial em mim pronunciada, custo a entender e acreditar no meu lado quadrúpede e ruminante, mando-lhe então às favas!

Na certeza de minhas quatro patas e de minha volúpia, encanto o mundo na certeza de não ser uma galinha (animal bípede por supuesto!).


Acesse: A Evolução da Mastigação

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Abandono ou resguardo de sentimento?

A crueza dos olhares insípidos impiedosamente descosturam roupas expondo corpos ainda virginais ao descontentamento. Pois bem, esse raciocínio me vem de conversas, comentários e particularmente um filme que revi ontem - Ligações Perigosas. Impressionante pela falta de sensibilidade do personagem interpretado por John Malkovich, perturbador pelas atrocidades vaidosas que calcula sombriamente a cada passo traçado por seus próprios membros. Feroz, requintado e excêntrico se aproximando do Paraíso das Desgraças. Michelle Pfeiffer faz a moça conservadora, moralista que segue à risca o estabelecido pela ordem social, tendo uma amiga que a aconselha contra o homem profano. Ela insiste pra que ele fique longe, ele a quer para envaidecer-se ao espelho e contar causos incríveis a sua grande amiga sórdida. A trama é muito mais que isso e vai ainda mais longe, entretanto o fato é como falar de amor ficou piegas, demodê, inodoro, desmotivante e criteriosamente sem a menor graça - detalhe: Não falo pelo que sinto, mas pelo que vejo e ouço.

Cobiça, rudimento que impera século pós século, que ainda escandaliza, embaraça e mata. Tão distinto do século passado em que pelo menos existia romantismo mesmo como conduta amoral conduzida simplesmente pela posse do saciamento do desejo. Ausente de amor, privado do amor que então se aproxima do querer vingativo, consequentemente ódio que destrói, diversos sentimentos conflitantes que negam e afirmam sua existência. Isso é autodestruição. Como alguém pode ser traiçoeiro numa agudez miserável? Como se pode abdicar da felicidade amorosa em somente segundos de mau entendimentos?

Alguns homens me surpreendem com a obsoleta proximidade primata dos macacos, outros com a sutiliza romântica a qual tão aprecio e lamento que isso esteja em extinção. Acredite: As mulheres sempre fizeram loucuras quando possuídas pelo desejo de amor e sedução. Entregavam-se mesmo que vivessem apontadas e mal faladas para uma eternidade de infelicidade. Homens? Capricho, fetiche, apenas uma gula por determinada sobremesa naquele exato momento. Digo exato porque, segundo cientistas, os homens possuem uma habilidade maior no raciocínio matemático se comparados com as mulheres, calculam milimetricamente seus troféus.

Existe uma personagem escrita pelo dramaturgo Ruy Jobim Neto chamada Mariana da peça Do Claustro que diz o seguinte: "Tem sido finalmente o amor, e não mais somente pele, não mais somente corpo. (pega uma carta do amado e lê) Amo você, mulher de uma vida inteira." Acredite! Palavras que saíram da mente de um homem, ou seja, não devemos ser tão diferentes assim.

Questionamentos a parte, não existe absolutamente nada melhor do que a magia das palavras "Eu te amo" - não importa em que língua são ditas, o poder de se chegar a alma é o mesmo.

Link interessante: As aparências enganam

Gloss

Nessa onda de shampoos e condicionadores para todo o tipo de cabelo, resolvi aderir ao Seda Brilho Gloss pra ver se saio estrelando por aí. Provavelmente o shampoo e condicionador mais o cosmético para aliviar a tensão do dia-a-dia surtiu efeito. Devia ser mais de meia-noite, coloquei uma roupa (já estava na cama) e fui comprar cigarro. Se eu era a única com problemas de falta de sono? Não, decididamente. Local acalorado pela presença masculina, engraçado porque me senti a gostosa do pedaço: passando rebolando com os olhares que se fixavam atentos a minha bunda (não em meus cabelos) - Propaganda propícia para a massa acéfala, faltou apenas o silicone no rígido peitoril. Ligo então para um amigo meu, perguntando se estava acordado e queria tomar café comigo, pois é, eu o acordava em meio a um belo sono. A resposta foi "estou de ressaca". Estou de ressaca? Ok. Amigo gay, sabe como é? Até parece que eu seria a mobilizadora de sua ação física-noturna. Whatever... se tivesse perguntado para um daqueles homens que olhavam atentos para o meu compartimento traseiro teria como resposta: "Sou seu criado, estou às ordens para serví-la sempre e melhor". Fique sabendo: Cosméticos dão resultado.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Art Night São Paulo - entrada franca - 22 de fevereiro das 18 às 22 horas, Casa das Rosas

Com apresentação de Rodrigo Capella e Vanessa Morelli, ocorre dia 22 de fevereiro, das 18h ás 22 horas, na Casa das Rosas (Av. Paulista N. 37), em São Paulo, o Art Night São Paulo, evento que reúne apresentações de poesia, pintura, cinema, teatro, dança e música. Quem for ao evento, vai ver também uma exposição do artista plástico Paulo Marcondes Netto e vai participar entrevistas ao vivo com os cineastas Guilherme de Almeida Prado e Carlos Reichenbach e com o cantor Homero Baroni, que participou do programa Fama, da TV Globo. O Art Night São Paulo conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
--Postado por VerdesTrigos no
verdestrigos em 2/09/2008 02:14:00 PM


ART NIGHT SÃO PAULO
ARTES PLÁSTICAS - CINEMA - MÚSICA - POESIA - TEATRO

22 de fevereiro de 2007 (sexta-feira) das 18h às 22h

ENTRADA FRANCA
Casa das Rosas – Av. Paulista n. 37

Integração das artes como elemento para unir as pessoas.


Art Night São Paulo tem como objetivo difundir uma tendência atual, que é a "Permeância". O evento propõe mesclar as diversas artes - Poesia, dança, cinema, teatro, música e artes plásticas - e dar a oportunidade a todos os segmentos de contribuírem para uma constante transformação gradual. Dividido em dois pisos: Térreo para as atividades ao vivo e Superior para os curtas-metragens.

O evento Art Night São Paulo traz uma nova visão frente a contemporaneidade: A Imagem e Som do atual narrados em versos e cantados com música e bailados em flamengo, além de teatro. As atividades de dança, poesia, teatro e música serão apresentadas por Rodrigo Capella e Vanessa Morelli, que farão uma constante interatividade com o público. A parte musical tem coordenação de Mayara Pattoli.

O Art Night São Paulo será apresentado em "blocos", com intervalos comerciais para que os participantes possam transitar pela Casa das Rosas, dando continuidade para percorrer os outros espaços da casa (exposição de quadros do artista plático Paulo Marcondes Netto, exposição fotográfica de Will Prado e Paula Prado, além de exibição de curtas-metragens, sob a coordenação de Xico Boggio). Às 20h50, haverá um breve intervalo de transição para participar do que vem a seguir: coffee-break e bate-papo. O evento terá entrevistas ao vivo com os cineastas Guilherme de Almeida Prado e Carlos Reichenbach e com o cantor Homero Baroni.

ORGANIZAÇÃO do ART NIGHT SÃO PAULO:
- Mayara Pattoli (música)
- Paulo Marcondes Netto (artes plásticas)
- Rodrigo Capella (poesia)
- Vanessa Morelli (teatro)
- Xico Boggio (cinema)

EQUIPE APOIO:
- Maíra Borges Domingues. (registro fotográfico)
- Leandro Ferreira Fressa. (Som)
- Raquel Zucchi de Carvalho. (Som)

ASSESSORIA:
D'Arte Assessoria de Imprensa
Contato: Vanessa Morelli - vanessa.morelli@gmail.com
Rodrigo Capella - contato@rodrigocapella.com.br




PROGRAMAÇÃO - PISO HALL
ARTES PLÁSTICAS - FOTOGRAFIAS - MÚSICA - POESIA - TEATRO



- ARTES PLÁSTICAS - Paulo Marcondes Netto

Exposição de quadros Permeâncias
O significado é a natural transição no ser pelo qual passam os homens. Uma transformação gradual e constante. O trabalho do artista é retomar conceitos visuais da virada da década de 60, 70 e 80; quando a ilusão de óptica era largamente explorada, isso no que tange as artes visuais.


- FOTOGRAFIAS - Will Prado e Paula Prado

Entre-Atos – Um olhar sobre o teatro em São Paulo

Esta mostra faz parte de um ensaio sobre a criação teatral em São Paulo, que vem sendo realizado pelos fotógrafos Will Prado e Paola Prado durante os últimos oito anos, onde buscam uma interação entre os artistas que tanto nos emocionam e o público em geral, gerando com isso uma série de registros diferenciados bem de acordo com o olhar de cada fotógrafo sobre esta forma de representação artística.
Sobre os fotógrafos:
Will Prado. Conciliando o olhar de fotógrafo com sua experiência em teatro, consegue captar com extrema precisão os menores detalhes das apresentações, realçando o trabalho de criação dos atores e a profundidade de seus personagens.
Paola Prado. Dona de um estilo próprio e muito apreciado no meio teatral, se destaca por seus enquadramentos ousados e rara sensibilidade nos momentos capturados, mergulhando na essência dos personagens retratados.




18h00 - ABERTURA - TEATRO -
com a apresentação da atriz Georgina Castro - Monólogo Porão

Monólogo PORÃO, com Georgina Castro e direção de Marcelo Galdino. Oespetáculo estreiou em 2007 no Teatrix e participou de festivais recebendo prêmios.
Porão apresenta e questiona um outro lado da arte, o lado dos que ficam de fora. Os dos que não são capazes de entender esta desmedida paixão que artistas têm pela sua arte. O público é conduzido a mergulhar na alma de uma personagem que depositou no marido toda a razão de sua existência enquanto a paixão dele é apenas o trabalho. Nelson passa dias e noites trancado no Porão da casa, pintando quadros, obcecado pela arte. Do lado de fora fica Marta, à espera, obcecada pelo marido. Com proposta intimista, a peça traz reflexões: Como estamos amando? Estamos deixando de olhar o outro? Estamos nos fechando em porões? O espetáculo retrata amores obsessivos e egoístas, que fecham suas vítimas em verdadeiros porões.

Monólogo PORÃO, Grupo de teatro Botija
TEXTO E INTERPRETACÃO: Georgina Castro
DIREÇÃO:Marcelo Galdino
CENSURA: 12 anos
PREMIOS: Melhor espetáculo, melhor atriz e melhor texto - Festival de Pequenas Cenas-SP. / Melhor espetáculo - Festival Bilú bila- CE
ILUMINACÃO - Marcelo Galdino
SONOPLASTIA - Marcelo Galdino e Georgina Castro
OPERAÇÃO DE LUZ E SOM - Rafael Presto
PRODUÇÃO: Gil Dantas e Marciel Oliveira
Georgina Castro, Atriz e dramaturga. (11) 32623345 / (11) 93232889


18h30 - POESIA - ESPAÇO PARA OS POETAS.

Cris Passinato. Carioca, 34 anos, técnica e professora de Química, formada pela Federal de Química, UERJ e Souza Marques. Uma de suas monografias rendeu em 2007 o prêmio de 3º lugar na categoria estudantil do Prêmio do Dia Nacional do Químico do Conselho Regional de Química do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Na literatura, está para sair seu primeiro livro solo, pela Editora Com.arte, uma editora Escola da ECA (Escola de Comunicação e Artes) da USP e impresso pela Imprensa Oficial do Estado de SP, com supervisão da Josiane Laurentino. Participa de algumas antologias poéticas da APPERJ, algumas Academias Regionais de Letras e da CBJE. O forte são os escritos on-line, onde interage com o público diretamente e edito seus próprios eBooks, sites e blogs.

Donny Correia. Poeta e tradutor, nascido em São Paulo. Morou em Londres entre 2000 e 2003, onde editou uma coluna de entrevistas no jornal Brazilian News. Publicou o livro de poemas O eco do espelho (2005). Atualmente, é coordenador cultural da Casa das Rosas, Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura.

Edi Longo, escritora nordestina do interior da Paraíba criada em São Paulo, professora de linguística e literatura pela Usp, ganhadora de prêmios como cronista e contista pela Acesc - Associação dos Clubes do Estado de São Paulo, também dramaturga com três textos montados: "Ensaios para a vida", no colégio Módulo em 2000; "Alembrar" pelo grupo Teatro Casa Forte e "Cicatrizes" no Clube Paineiras do Morumbi pelo Grupo Art in Cena. Com a sua poesia "Paradoxo", fará uma performance poética.

Leonardo Carmo. nascido em Goiânia, mora em São Paulo há 4 anos. Formado em História, mestre em Educação Brasileira pela UFG, trabalho sobre Walter Benjamin e o Cinema. Foi professor em Goiânia tanto na rede particular - Escolas e Universidades - quanto na rede pública. Trabalhou com Raquel Teixeira, Secretária de Educação, para quem montou programas de qualificação de docentes e como radialista, trabalhou na CBN Goiânia, seu último trabalho foi na Rádio Brasil Central, onde criou o Programa Os Intocáveis, que só tocava música que não são tocadas em emissora alguma. Hoje, é produtor executivo e dá aulas de História na rede estadual, aprovado em concurso em 2005.

Lunna Montez´zinny Guedes, italiana de alma paulistana. Escritora e curadora, dedicou-se especialmente a vasculhar a história de São Paulo nos últimos meses para escrever seu último romance, O Diário de uma Solidão, que se passa numa fazenda paulista. Em janeiro deste ano, publicou em seu blog (http://
acqua.wordpress.com) 15 artigos que abordam a cidade de São Paulo.

Rodrigo Capella. Escritor, poeta e jornalista. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que vai ser adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer e "Poesia não vende", que traz depoimentos de Ivan Lins, Moacyr Scliar, Carlos Reichenbach, Sergio Ferro, Bárbara Paz e Frank Aguiar.

18h45 - DANÇA - com Diego Valdivi

18h55 - TEATRO - Sebah Vieira (Esquete)


Sebah Vieira. Atuou em novelas da Rede Globo: O Fim do Mundo, Vila- Lata, Chiquinha Gonzaga e Salsa e Merengue, e também em cinema: A Curra; O maior Amor de todos; Vudu. Documentários: (STV- TV Cultura) A Princesa Isabel, A Marquesa de Santos. Teatro: A Curra, O Musical Sonha É Viver, Sete Gatinhos, Opera do Malandro, Auto da Compadecida, Auto da Barca do Inferno, Deus lhe Pague, D'Olho no Brasil, O Noviço, Transparência, Heliogabalo, Casa da Mãe Joana entre outras.

19h05 - MÚSICA - Amélia Cardoso
Amélia Cardoso. Cantora paulistana, após cantar como soprano durante 13 anos no Coral Usp e atuar como preparadora vocal do coral Belas Artes, em 2003, inicia carreira solo como intérprete de MPB com trabalho sempre eclético. Formou a banda Extra Virgem e agora é backing vocal e tecladista na banda de rock Main Street e integrante do Madrigal Souza Lima, de música renanscentista além de cantar na noite paulistana. Agrega experiências da atuação em teatro musical, Oficina dos Menestréis e Musicais da Cultura Inglesa, uma delas ganhadora de 4 prêmios.


19h30 - TEATRO e POESIA -
Rui Xavier (performance poética).


Rui Xavier. Diretor do Núcleo 1408, tem trabalhado no teatro de São Paulo desde de 2003 como ator, dramaturgo e diretor de peças teatrais. De sua dramaturgia, já foram encenados os textos: "Os Assassinos de Inês de Castro" e "Paralanapacapauê – A Cumédia do Cumeço", no Espaço dos Satyros, sob sua própria direção; "Elogio do Crime", na Casa das Caldeiras; e "Ensaio sobre a Liberdade" no Edifício Copan, sob direção de Luciana Barone. Sua formação como ator se deu na Escola de Teatro Ewerton de Castro, e desde então trabalhou no Teatro de Alvenaria. Também na Companhia dos Satyros, atuou e fez assistência de direção do espetáculo "Inocência", premiado como Melhor Espetáculo de 2007 pela Associação Paulista dos Críticos de Arte.

A apresentação:
Rui Xavier fará uma performance com a recitação de poesias da sua personagem literária João Cloaca, escritor de falsos sonetos. Assim a performance mistura poesia e teatro, uma vez que a recitação do poeta-fictício João Cloaca se dá à caráter, sendo ele uma personagem construída lítero-teatralmente.


19h40 - MÚSICA - Banda Matrena Sabará.

O Matrena Sabará iniciou a partir do projeto a "Casa de Iaiá", voltada a Mpb. Do projeto "Casa de Iaiá" permaneceram Marcello Menezes (Baixista), Gil Moreno (guitarra / violão) e Alex Soaldi (bateria). A proposta do grupo é não ter restrição alguma a estilos musicais diversos, pois até mesmo os integrantes têm formações e influências distintas.Com a chegada do Gadã (vocal), o projeto assumiu o nome definitivo de Matrena Sabará e incorporou mais influências musicais, já que o novo vocalista tinha uma postura de palco bastante particular, misturando dança e interpretações.Por último entrou a tecladista Ana Paula, a convite de Marcello Menezes, com quem tinha participado anteriormente num projeto de Rock / Reggae, a banda "Magalabares".O Matrena Sabará já tocou em muitos festivais com músicas de Jorge Ben, Lenine, Tim Maia além de músicas próprias, agradando públicos distintos, provando que a música pode e deve ser uma democracia.


20h05 - MÚSICA - Camila Rondon

11:11 é o primeiro CD da cantora e compositora Camila Rondon. Já na estréia, apresenta um trabalho totalmente autoral de cozinha bem brasileira e variadas influências - rock, blues, black, samba, bossa... Jornalista por formação, Camila pegou para si a tarefa de traduzir em versos a viagem a que um insistente número lhe conduziu. A coincidente freqüência com que via o relógio marcar 11:11 levantou curiosidade sobre os mundos que não se vê. O de dentro, os dos outros e os emaranhados acasos que os ligam. ESSE RELÓGIO FALA EM VERSO O que há por trás dessa repetição numérica – de relógio a placas de carro e, hoje, até o número da sua casa? Da banal questão às famosas Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?, Camila virou turista de seu próprio mundo. Começou com poesia, transformada em música no violão de Rafael Ramos. Formada a parceria, muitas outras rimas ganharam som. 11:11 está previsto para ser lançado ainda no primeiro semestre de 2008 com produção de Augusto Albuquerque.
CONTATO:
producao1111@yahoo.com.br

20h30 - MÚSICA -
Francys Silva (trombone) e Danilo Tavares (voz e violão)


Danilo Tavares. Começou com um trabalho solo em 2006 e passou a dividir o palco com mais quatro músicos: Danilo Mendes (guitarra e violão), Márcio Freire (bateria e percussão) Tamires (teclado) e Rodrigo Nery (baixo) originando um Projeto chamado Realejo. Influenciados por Chico Buarque, Vinícius de Morais, Los Hermanos, Oswaldo Montenegro e João Gilberto. Com apenas 2 anos de estrada, a banda Projeto Realejo já se afirma no mercado independente brasileiro e no momento estão se preparando para gravar seu CD oficial. Contato:
francys@ig.com.br / contato@projetorealejo.com.br
Neste evento, Art Night São Paulo, Danilo e Francys Silva farão união de seus versos com a melodia do violão acompanhada pelo trombone.

20h45 - TRANSIÇÃO para
Bate-Papo continuando ao som de Francys Silva e Danilo Tavares. COFFEE-BREAK.

21h00 - BATE-PAPO com
Carlos Reichenbach,
Guilherme de Almeida Prado e
Homero Barone.



21h50 - Mesa Redonda / Encerramento do Art Night São Paulo.




PROGRAMAÇÃO - PISO SUPERIOR
CURTA-METRAGENS


- FANTASMAS EXISTEM (17 min)
Sinopse: Uma família do interior sente presenças estranhas pela sua casa, a partir da morte de entes queridos que moravam com eles. Sendo assim, resolvem chamar uma médium para tentar descobrir o que são estas sensações que os atormentam.
Equipe Técnica: Produtores: Carla Freitas e Vandré Fernandes
Direção: Paulo Caucasiano
Direção de Arte: Renato Guenther
Roteiro: Renato Guenther
Fotografia: Wilson Sales
Montagem: Tiaraju Aronovich
Edição de som: Tiaraju Aronovich
Trilha Sonora: Tiaraju Aronovich
Produção Artística: Renato Guenther e Pricilla Guimarães Ferreira
Assistentes de Direção: Micael Bretas, Carla Freitas e Renato Guenther
Assistentes de Produção: Gabriela Guimarães e Priscilla Guimarães
Câmera: Vitor Kurc e Camila Jerosch
Produção: Escola de Cinema
Elenco: Camila Jerosch, Carla Freitas, Gutto Mendonça, Nil Santos, Pricilla Guimarães Ferreira e Tiaraju Aronovich

- 21 DE NOVEMBRO (13 min)
Sinopse: João Vanzetti vive, como tantos outros personagens de São Paulo, às voltas com questões para as quais não encontra resposta. A realização profissional e a sobrevivência, a solidão e a incomunicabilidade das relações humanas, a vida e o envelhecimento.
Equipe Técnica:
Direção: Antonio Carlos Gomes
Produção: Jefferson Daniel da Silva Barbosa
Roteiro: Joel Carozzi Marçal
Direção de Fotografia: Lise Lucchesi e Marcelo Gonçalves
Assistente de Direção: Marcel Manzano Lima
Direção de Arte: Sandro Fenner e Fernando Frias
Câmera: Ana Divino
Captura e Montagem: Priscilla Guimarães Ferreira
Edição e Finalização: Tiaraju Aronovich
Continuísta: Patrícia Lira
Som Direto: Márcio Gomes de Carvalho
Produção: Escola de Cinema
Elenco: César Alexandre Barros, Elizângela Brito, Silvia Borges, Ary Costa e Geraldo Esmeraldo

- ESPANCA (Color, NTSC, 43 min, 14 anos, 2005)
Direção de Ivan Feijó
Roteiro de Ivan Feijó, Carol Campos e Vivian Arias
Fotografia e edição German Espiaut
No elenco: Antonio Furtado, Carol Leider, Ed Carmonero, Flávia Pucci e Rosana Maris.


- SEM FIO - Trailer do longa-metragem SEM FIO.
Castro, um mentiroso raivoso e viciado em cocaína que é casado com Marisa, uma mulher insatisfeita e entediada com sua fastidiosa rotina de trabalho; Carlos, neurórico e com sérios problemas de auto-estima, e Patrícia, uma intelectualóide com discursos filosóficos confusos e inconsistentes, formam um casal que quer viver junto, mas continuar distante; Helô, uma patricinha típica que se apaixona por Juliano, um ladrão de celulares e campeão de torneios clandestinos de vale-tudo, uma figura raivosa que resolve a vida na porrada e com sangue nos olhos (pois, assim, ele enxerga melhor) e que trabalha, cheira, rouba, agride o mundo com a ajuda de Luz, uma baixinha invocada e autoritária, Xará, um lutador de nariz e temperamento nervosos, e, finalmente, Herodson, morador de favela carapicuibense que vive numa família em lenta desintegração; Ana e Bia, duas gêmeas sulistas que levam suas vidinhas medíocres entre seu apartamento mofado e frio e a loja de celulares onde trabalham, e que logo terão suas vidas transformadas por duas estranhas figuras: elas mesmas. As coisas de sempre com as pessoas de nunca. Vidas cruzadas em linhas cruzadas. Todas essas pessoas se cruzam e desentendem-se, pelo telefone e fora dele, numa intrincada teia de relacionamentos mal-sucedidos, permeados pela hipocrisia e pela mentira. Não há tecnologia que diminua a influência da miséria humana em nossas vidas. Perto do fio, longe do coração.
Um filme de Tiaraju Aronovich e Vaner Micalopulos
Roteiro: Vaner Micalopulos, Tiaraju Aronovich, Nill Santos
Dirigido e Produzido por: Tiaraju Aronovich
Direção de Fotografia e Câmera: Vaner Micalopulos
Produção: Stella Avallone, Carla Freitas, Gerson Odell
Assistentes de Direção: Carla Freitas, Stella Avallone, Luciana Stipp
Produção Executiva: Carla Freitas, Tiaraju Aronovich
Produção de Elenco: Luciana Stipp
Produção de Locação: Nill Santos,Carla Freitas
Equipe de Arte e Objetos: Luciana Stipp, Graziela Lisboa Pinheiro, Priscilla Guimarães Ferreira, Renato Guenther, Nill Santos
Som Direto e Estação Audition: Vandré Fernandes, Carlos Luz, Jeff Barbosa
Edição e Trilha Sonora: Tiaraju Aronovich, Vaner Micalopulos
Continuidade: Ana Divino, Vanessa Máximo, Micael Bretãs, Priscilla Guimarães Ferreira, Paulo Caucasiano
Assistente de Produção: Michael Odell, Micael Bretas
Segunda Câmera e Fotografia Adicional: Tiaraju Aronovich, Gerson Odell
Preparação de Elenco e Coreografias de Violência: Tiaraju Aronovich
Elenco: Marcos "Nasi" Valladão, Amanda Maya, Tiaraju Aronovich, Leopoldo Pacheco, Junior de França, Marília Moreira, Renan Rovida, Tatiana Grigolin, Marcos Machado, Luís Panini, Luciana Stipp e Elaine de Abreu

Informações: www.semfioofilme.com.br


SERVIÇO:

Art Night São Paulo
Data: 22 de fevereiro de 2008
Horário: 18 às 22 horas.
Entrada Franca
Participações: Carlos Reichenbach, Guilherme de Almeida Prado, Homero Barone, Georgina Castro, Rui Xavier, Banda Matrena e Sabará, Danilo Tavares, Francys Silva, Paulo Marcondes Neto, Will Prado e Paula Prado, Donny Correa, Edi Longo, Leonardo Carmo, Lunna Guedes, Rodrigo Capella, Diego Valdivi e Amélia Cardoso.
Exibições de Curta-Metragens de Ivan Feijó, Tiaraju Aronovich e Nill Santos, entre outros.
Local: Casa das Rosas - Av, Paulista, 37 (próximo a estação Brigadeiro do metrô)
Organização: Mayara Pattoli (música), Paulo Marcondes Netto (artes plásticas), Rodrigo Capella (poesia), Vanessa Morelli (teatro) e Xico Boggio (cinema).
Equipe de apoio: Camila Sartorelli (produção), Maíra Borges Domingues (registro fotográfico), Leandro Ferreira Fressa (Som) e Raquel Zucchi de Carvalho (Som).
D"Arte Assessoria de Imprensa: Rodrigo Capella e Vanessa Morelli
Mais informações: (11) 9972-0745 /
vanessa.morelli@gmail.com

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

sábado, 5 de janeiro de 2008

Dramaturgia da Morelli (2007)

CULPADOS,
Drama em um ato, 1ª Peça de Vanessa Morelli

Mistura de dramas e risos. Presos ao passado, a si mesmo, a uma sociedade monogâmica que não aceita traição e poligamia. Prisioneiros por situações mal resolvidas, pela falta de amor, pelas relações que se perdem entre justificativas e falta de iniciativas. A única maneira de conquistarem a liberdade é tomar ciência e controle de suas vidas.

Sinopse: Dois casais encontram-se num bar. O que era para ser um encontro feliz transforma-se num retorno ao passado cheio de culpa, traição e raiva. Todos são culpados, prisioneiros de memórias do passado, buscarão uma maneira de serem livres.

Personagens: Bianca, Aila, Lucas e Rogério.

Breve trecho do começo da peça:

(Os personagens estão vestidos de prisioneiros, simbolizando o estar preso no passado e em situações mal resolvidas. O espaço cênico é limpo, somente uma cama de casal – caixa de madeira em forma retangular - no fundo, com um lençol vermelho e em cima uma rosa branca, o meio do palco ocupado por duas mesas, uma do lado esquerdo e outra do lado direito com duas cadeiras em cada uma. Mesa 1 das mulheres, à direita. Mesa 2 dos homens, à esquerda. As mesas são brancas, as cadeiras são pretas. Há um tapete branco e preto, como um tabuleiro de xadrez que dará a noção de que os personagens são peças movidas por uma força maior. Todo o palco em escuridão absoluta, iluminando apenas a Imagem congelada. Aila e Bianca sentadas na cama. Rogério e Lucas em pé, atrás de Bianca está Rogério e atrás de Aila, Lucas)

BIANCA (OFF) - O brilho das estrelas não ofusca o brilho da lua, redonda, imperiosa, majestosa, ela é só ela, única! Porém existe o sol, mas é preciso desaparecer um para dar espaço ao outro. Um precisa ceder. É necessário desaparecer, mesmo que por um dia e mesmo assim existe lua, existe sol. Um sabe do outro, mas não se conhecem e nunca pediram para se conhecer. E existe ar, existe oxigênio. E existe água, mas é necessário hidrogênio, dois hidrogênios para estar ao lado do oxigênio. E três se unem, não são dois, nem quatro. São três. Três é sempre bom, nunca é demais, dois talvez sejam dois por serem demais e um é pouco, sempre é pouco, mas ao lado de dois oxigênios é sempre bom. E existe a água, os três necessários. E há relação, a três, mas há uma e somente uma relação. E a terra é seca, úmida e nunca deixa de ser terra. Pode ser lama. Algumas lamas fazem bem a pele. Contato de peles, e se esquentam e se arrepiam e pedem abrigo e sentem carinho porque há calor e aquece, aquece e pega fogo, que queima, arde e alimenta, mas é necessário respirar e existe oxigênio, oxigênio que se une a dois hidrogênios, mas é necessário oxigênio, é necessário respirar, Ó DOIS!

(a imagem ganha movimento)


AILA - Que seja feita a sua vontade! (elas se beijam, num selinho angelical e casto)

AILA: (para Rogério) O que sou, amor? O que sou? O amor é um mal, um jogo ímpio.

BIANCA: Sagrado, um jogo sagrado, uma possessão divina pela qual nos elevamos acima de nós mesmos.

LUCAS: Quantos não falaram de amor? Desde Platão, Alexandre Dumas até Mário Bortolotto. Ora, a frágil alma humana procura a soberana beleza contemplada em encarnações anteriores. Esse é o seu ideal, é pelo Amor que a fragilzinha alma humana encontra seu caminho na procura pelo saber, em busca do amor platônico. O amor é o caminho para a libertação.

ROGÈRIO: Temos uma escada a percorrer. Primeiro degrau: amor físico. Preparados?

BIANCA: Concluído.

AILA: Assinalado.

LUCAS: Em dia.

ROGÉRIO: Temos de ir para o segundo degrau, portanto nada de desvios de meta, nada de loucura, nada de transgressão ao próprio corpo. Seguiremos adiante em busca de nossa prioridade: segundo degrau. Estejamos atentos o máximo possível.

(Presente:Os personagens estão num bar, bebendo e conversando informalmente)

AILA: Não sei se começo pelo fim, pelo meio ou se começo pelo começo. Mas onde é exatamente o começo? O começo está ligado ao nascimento, mas nascer implica um ato de morrer. Renascemos de nossas mortes. Acho que morremos todas as noites em nossos sonhos e fazemos do dia um recomeço. Estamos num bar, este espaço preenchido com duas cadeiras do lado direito e duas cadeiras do lado esquerdo. Do lado direito, a mesa das mulheres e do lado esquerdo, a mesa dos homens. Eu sou Aila.

BIANCA: Eu sou Bianca.

AILA: Somos duas amigas que não se vêem há cinco anos.

BIANCA: Cinco longos anos...

(...)

MARGARIDAS,
Comédia negra em um ato, 2ª Peça de Vanessa Morelli

Personagens: Clara, Poliana, Abigail, Velhinha e ELE.

Breve trecho do começo da peça:

(O telefone toca. Poliana atende. Fica muda e desliga)


CLARA: (na cama) Sinto cheiro de flores por todos os lados, por onde quer que eu vá sinto cheiro de flores. (pausa) Era uma manhã, o sol ainda não tinha se posto e eu caminhava tranqüilamente. Lembro de ter visto duas aves que voavam ao longe e o cheiro e o cheiro de flores. Ele era bonito, estava vestido de branco e veio em minha direção. Podia ser confundido com Eros, tamanha beleza. Quando percebi, estava sonhando.
(...)


MARIPOSAS PERDIDAS – um mergulho dentro da mesma alma
,
Drama em um ato, 3ª Peça de Vanessa Morelli


As mariposas dominam as noites e são atraídas pela luz. Mariposas perdidas é justamente a procura incansável por esta luz, o não encontro, o estar perdido (a). Uma mulher em busca de algo, ao encontro de si mesma (a luz, um futuro, um amor, um ideal) e um homem bem racional que é uma projeção dela mesma (é uma conversa com seu lado interior, decidida, com luz própria). O que ele quer? Ele a quer, a deseja, a ama, é o amor-próprio. O que ela quer? Não sabe, desconhece.

Sinopse: Uma poetisa num momento de crise se fecha em seu mundo para poder se achar. Perdida, procura uma luz criadora, uma luz que norteará seu caminho ao encontro do amor por si mesma que se encontra ausente, mas pra isso precisa primeiro se libertar.

Personagens: José Carlos, Maria Hellena, Menina, Justiça, Defesa e Acusação.

Breve trecho do começo da peça:

(Palco em total escuridão, neste momento o espaço é um grande vazio. Lanternas aparecem de todos os lados, buscando algo, procuram, nada encontram. Tempo. As lanternas apagam, breu total. Tempo. À direita luz na JUSTIÇA que está num degrau mais elevado que as demais – Acusação e Defesa. Sempre as três forças do julgamento estão juntas.)


JUSTIÇA: Vamos começar a sessão. Por favor, sentem-se e desliguem bips, celulares e seus diversos aparelhos eletrônicos. (ameaça) Eu juro que coloco nas grades o filho da puta que me interromper. (retoma calmamente) É terminantemente proibido ingerir alimentos dentro desse espaço. Havendo necessidade de saciar qualquer tipo de vontade, peço que se encaminhem para o hall. Silêncio! A sessão dará início. (bate com o martelo)

(ELA deitada no centro do palco, como se estivesse morta. Foco de luz no centro. ELE se aproxima e a contempla, está atrás dela, como uma sombra. A campainha toca. ELA permanece imóvel. Apaga foco neles e acende novamente na JUSTIÇA.)

JUSTIÇA: A ré é acusada de cometer crime hediondo contra a própria vida, negando-lhe a liberdade, direito adquirido do cidadão e direito humano existencial básico. O julgamento vai começar. Peço a Acusação que inicie seu discurso.

(...)


Agradeço ao Teatro Kaus Cia Experimental pela oportunidade de participar do Ciclo de Dramaturgia Latina e dos Cursos com Santiago Serrano e Edílio Peña e ao Frederico Barbosa, Donny Correa, Marina Bedran e Gabriel Navarro.
A todos, coloco-me à disposição para enviar as peças integralmente. Margaridas já foi lida na Casa do Saber e na 3ª Virada Cultural da Casa das Rosas (Atores: Débora Aoni, Fernanda Sophia, Vanessa Morelli, Vera Monteiro e Will Prado) e Mariposas Perdidas, na Casa do Saber (Atores: Camila Rondon, Débora Aoni, Fernão Lacerda, Igor Kovalevski, Luiza Albuquerque e Samya Enes). As três peças se encontram devidamente registradas na Biblioteca Nacional.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008