Autoria: Vanessa Morelli
Ambiente esfumaçado, olhos irritados, sons dissipados. E uma mesa com três pessoas. Falam sobre o dia-a-dia de um artista. A conversa não muda, é sempre a mesma: inexpressiva, dissimulada, vazia. Falam sobre arte, personagens imaginários, construídos, inexistentes. Uma voz grita para ser ouvida, não se percebem, é mais uma voz no meio do ambiente.
Dores corroendo por dentro, reflexo de uma sociedade individualista. Um pensa no café e pão de amanhã, outro, no aluguel do próximo mês. E pedem por ajuda, clamam por socorro, ninguém ouve, a voz não atinge receptor algum.
Horas passam, bebidas invadem mesas, risos cínicos vitimizando aquele que a dor sente. Por todos os lados que os olhos vêem, o reflexo de uma única mesa. Todos irmãos, filhos do mesmo ancestral, seres iguais juram ser diferentes.
Conversa vai e vem, cíclica, sempre chegando ao ponto inicial. Um com medo da morte, outro, da velhice. Indiferente! Apenas seres com medos, doentes, fragilizados e expostos a falta de cura.
Um levanta a mão defendendo a tese do bom cidadão, vilão ou suicida. Outro orgulha-se levantando a bandeira do sonhador, crendo em amor incondicional. O terceiro põe a mão no peito elegendo o homem como ser ora masoquista, ora sadista. Teorias e mais teorias, apenas ditas, esquecidas, vencidas, sem experiência ou planos de vida.
O leva e traz da cerveja ou outros bebericos alcoólicos fica por conta do garçom-observador, satisfazendo o desejo temporário desses seres vazios que enchem e levantam taças acreditando subjetivamente estarem completos, preenchendo a vida de alguma coisa.
E o garçom-observador-espectador percebe alegremente que se encontra na ficção, muito longe da realidade...
Ambiente esfumaçado, olhos irritados, sons dissipados. E uma mesa com três pessoas. Falam sobre o dia-a-dia de um artista. A conversa não muda, é sempre a mesma: inexpressiva, dissimulada, vazia. Falam sobre arte, personagens imaginários, construídos, inexistentes. Uma voz grita para ser ouvida, não se percebem, é mais uma voz no meio do ambiente.
Dores corroendo por dentro, reflexo de uma sociedade individualista. Um pensa no café e pão de amanhã, outro, no aluguel do próximo mês. E pedem por ajuda, clamam por socorro, ninguém ouve, a voz não atinge receptor algum.
Horas passam, bebidas invadem mesas, risos cínicos vitimizando aquele que a dor sente. Por todos os lados que os olhos vêem, o reflexo de uma única mesa. Todos irmãos, filhos do mesmo ancestral, seres iguais juram ser diferentes.
Conversa vai e vem, cíclica, sempre chegando ao ponto inicial. Um com medo da morte, outro, da velhice. Indiferente! Apenas seres com medos, doentes, fragilizados e expostos a falta de cura.
Um levanta a mão defendendo a tese do bom cidadão, vilão ou suicida. Outro orgulha-se levantando a bandeira do sonhador, crendo em amor incondicional. O terceiro põe a mão no peito elegendo o homem como ser ora masoquista, ora sadista. Teorias e mais teorias, apenas ditas, esquecidas, vencidas, sem experiência ou planos de vida.
O leva e traz da cerveja ou outros bebericos alcoólicos fica por conta do garçom-observador, satisfazendo o desejo temporário desses seres vazios que enchem e levantam taças acreditando subjetivamente estarem completos, preenchendo a vida de alguma coisa.
E o garçom-observador-espectador percebe alegremente que se encontra na ficção, muito longe da realidade...
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